Cinco moedas que datam da
época de Esdras foram descobertas em Jerusalém, consideradas um “achado raro”
pelos arqueólogos.
As moedas, feitas de prata,
medem cerca de sete milímetros de diâmetro e datam do quarto século a.C. Três
delas estão intactas e legíveis.
“Ao longo dos 150 anos de
escavações arqueológicas em todos os locais da antiga Jerusalém, apenas cinco
dessas moedas foram encontradas”, disse Zachi Dvira, do Projeto de Peneiramento
do Monte do Templo, ao Ynet. “Nós encontramos agora três moedas inteiras, junto
com duas erodidas, aparentemente da mesma série, e acreditamos que
encontraremos mais num futuro próximo.”
Os persas governavam o reino
durante o tempo em que as moedas foram cunhadas. As inscrições são das letras
YHD, que fazem referência ao nome da província persa de Yehud (Judeia). A
figura da face é de uma coruja, provavelmente uma cópia das moedas gregas.
Primeiras moedas
As moedas são da época em
que os judeus foram autorizados pelo rei persa Ciro a retornar a Jerusalém, em
538 a.C. para construir o templo. Tais eventos são relatados no livro de
Esdras.
O fato de cinco dessas
moedas terem sido encontradas no Monte do Templo nos instrui, disse Dvira,
sobre a “vida administrativa que ocorre no Templo e no Monte”.
Ele acredita que as peças
possam ter sido cunhadas no próprio Monte do Templo, já que “todas as
instituições governamentais estavam perto do Monte do Templo, do qual se
inspiravam para suas atividades”.
Pelo costume bíblico, os
peregrinos traziam os primeiros frutos das colheitas para o Templo,
especialmente na época da festa de Shavuot [Primícias], e também traziam
dízimos, doações e outros presentes. A lei bíblica permitia que eles poderiam
ser substituído por prata ou moedas.
“Esta pode ser a razão pela
qual quando as moedas começaram a entrar em uso em Judá, a prata foi o metal
mais usado”, disse ele. Mas o aspecto mais importante da descoberta é que
“Estas foram as primeiras moedas já cunhadas pelos judeus”, comemora o Dr.
Dvira. “Elas mostram quando o retorno do povo à sua terra após o exílio
babilônico e sua capacidade de manter laços diplomáticos com o império então
dominante, a Pérsia”.
O doutor acrescenta que “É
irônico que em um momento em que os iranianos estão falando abertamente em
destruir Israel, essas moedas mostram uma época em que o regime persa era
favorável aos judeus e lhes permitia viver em Israel com dignidade”.
Com informações de YNet
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