Responsável por segurar o
Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) ano passado e por contribuir com ao
menos 23,5% de toda produção nacional, o setor de agropecuária puxou a geração
de empregos formais no mês de maio deste ano. Dados do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged) mostrou que dos mais de 33,6 mil novos
postos de trabalho, a área foi responsável por 29,3 mil.
Depois aparecem os setores
de serviços e construção civil, com 18,6 mil e 3,1 mil, respectivamente. A
diferença entre contratações e demissões foi a menor registrada no ano. Em
abril, o saldo de criação de postos de trabalho ficou em 115,9 mil. Em março, a
diferença entre admissões e recisões foi de 56,1 mil. Em fevereiro, o total de
novas vagas registradas foi de 61,2 e em janeiro, 77,8 mil.
O destaque do setor
agropecuário foi o plantio de café, que abriu 25.411 mil vagas em maio. Em
seguida aparecem o cultivo de laranja, com mais 6.038 postos; criação de
bovinos, com mais 1.589 postos; e produção florestal-florestas plantadas, com
mais +877 postos.
No recorte geográfico, Minas
Gerais teve o maior saldo de geração de empregos em maio, com mais de 19,8 mil.
Os próximos colocados do ranking foram: São Paulo, com 9,2 mil; Bahia, com 5,9
mil; Espírito Santo, com 5 mil; e o Maranhão, com 2 mil. Entre os estados que
se destacaram pelos saldos negativos estão Rio Grande do Sul, com -10,7 mil;
Santa Catarina, com -4,5 mil; Rio de Janeiro, com -3,14 mil; Amazonas, com -1,2
mil; e Paraíba, com -703.
Segundo o Caged, o salário
médio de admissão, de R$ 1.527, ficou menor do que o pagamento médio no
desligamento, de R$ 1.684. Nos dois foram registradas quedas de,
respectivamente, R$ 10,33 e R$ 8,08.
Também divulgado este mês,
um estudo feito pelo Centro de Estudos de Economia Agrícola da Escola Superior
de Agricultura Luiz de Queiroz de Piracicaba (Cepea/Esalq) mostrou que o
agronegócio brasileiro emprega 19 milhões de pessoas – dos trabalhadores no
campo às empresas ligadas à toda cadeia do agronegócio. O setor é grande e
conta com a ajuda da tecnologia e da ciência em sua longa cadeia de produção.
Estimativa do Centro de
Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), também divulgada este mês,
indica de que o PIB-volume do agronegócio em 2018 apresente alta de 5,5% este
ano. Em 2017, a agricultura e o agronegócio no Brasil contribuíram com 23,5% do
Produto Interno Bruto (PIB) do país, a maior participação em 13 anos, segundo a
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Os dados publicados no
final de 2017 apontaram que a criação de empregos foi a mais alta em cinco anos
nos setores de agricultura e produção de carne, os únicos segmentos da economia
que aumentaram o emprego.
Com informações da EBC, G1 e
Paraná Portal
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