Em período de sazonalidade
de doenças respiratórias, identificar quais vírus estão causando o adoecimento
da população se faz importante para tomar medidas que possam diminuir os casos
de internação e também auxiliar na produção de vacinas contra essas doenças. Os
laboratórios centrais de todo o país fazem esse monitoramento.
Porém, o Distrito Federal
apresenta um diferencial: enquanto a maioria dos laboratórios centrais do país
monitora oito vírus, a capital federal consegue acompanhar 11 deles. Além do
DF, somente o Paraná faz a mesma quantidade de análises no chamado painel
respiratório.
“Isso é possível graças ao
parque tecnológico avançado que temos no Lacen [Laboratório Central de Saúde
Pública] do DF. Temos tudo automatizado e equipe técnica altamente capacitada”,
frisa o gerente de Biologia Médica do Lacen-DF, Fabiano José Queiroz Costa.
Ao todo, são dois
equipamentos extratores, com capacidade para retirair o chamado RNA viral de
até 64 amostras de uma única vez. Essas amostras vão para outro equipamento,
chamado PCR, que detecta a presença de vírus e os identifica.
Neste período em que as
doenças respiratórias são mais recorrentes, aumenta o número de amostras
encaminhadas ao Lacen. Em janeiro de 2018, foram recebidas amostras de 59
pacientes. Já em março, essa quantidade pulou para 160 pessoas. E em abril,
apenas nos 17 primeiros dias do mês, já foram analisadas amostras de 349
pacientes.
Segundo Fabiano, a
Secretaria de Saúde estuda a possibilidade de aumentar esse monitoramento de 11
para 21 tipos de vírus.
“Estamos analisando junto ao
nosso corpo clínico e ao Ministério da Saúde se teremos capacidade para
aumentar. Porém, já estamos com todos os profissionais capacitados para isso”,
destaca o gerente.
TIPOS – Entre os 11 tipos de
vírus monitorados pelo Laboratório Central do DF, os mais encontrados são o
adenovírus, Influenza A, Influenza B, metapneumovírus, parainfluenza e Vírus
Sincicial Respiratório.
“Neste período, nosso maior
foco é identificar os Influenza A do tipo H1N1 e H3N2, que são os mais graves”,
destaca Fabiano Queiroz.
Fonte:
Secretaria de Saúde do Distrito Federal
Nenhum comentário:
Postar um comentário